segunda-feira, 26 de novembro de 2018

3º DIA - REDENÇÃO A PINDAMONHANGABA - 65 km

  • Viagem:           Redenção| Taubaté | Pindamonhangaba - SP
  • Data viagem:    24/12/18 
  • Distância:         66 km
  • Tempo (bike):   6h00 - saímos as 07h30 | chegamos 16h30
Esta foi a noite mais tensa da viagem. Filipe não dormiu bem e reclamou muito do calor, acho que estava com o corpo um tanto febril dos dias anteriores. Isso interferiu diretamente no meu sono. Levantamos as 6h00 bem baqueados da noite mau dormida. Mas, quando estamos em cicloviagem, só temos uma única opção: acordar e seguir em frente!

Nossos queridos hospedeiros já estavam a postos nos aguardando para o café da manhã! Se for se hospedar aqui no sítio, espero que tenham a sorte de ter requeijão caseiro, feito pela D. Beth... é divinal!



Fizemos essa foto após o café da manhã, antes de partirmos.



O querido Daniel decidiu nos acompanhar até a cidade de Redenção e depois até a cachoeira. Essa foto é saindo do sítio deles.


Partimos umas 07h30, com o dia nublado e bem fresco.

META DE HOJE: CHEGAR A  PINDAMONHANGABA – APROX. 65 km
Trecho 05 - 33 km (mais 4km do dia anterior)
Trecho 06 - 24 km


Com Daniel de carro a nossa frente, saímos um pouco da rota oficial da Luz, seguindo até Redenção nova. Antes de mais nada, vou compartilhar um pouquinho dessa história de Redenção Nova versus Redenção Velha.

A represa foi um projeto de uma Usina Hidrelétrica da década de 70, que represou os rios Paraibuna e Paraitinga, formando a companhia Energética de São Paulo (CESP). Para tanto, era necessário represar a água em um trecho que faria submergir as antigas cidades de Redenção da Serra e Natividade da Serra. Da velha Redenção, cheia de tradições e fatos históricos, restou uma parte mais alta do município com a antiga Igreja Matriz, o sobrado com sacadas de ferro da prefeitura e outras poucas residências. Muitas famílias partiram da cidade na época, já que o represamento afetou diretamente as áreas produtivas e férteis da agricultura de subsistência. A nova Redenção 'nasceu' em 25/08/74, onde numa colina foi erguido o cruzeiro que simbolizaria o renascimento do município.

Tive a oportunidade de conversar sobre esse fato com Daniel, já que seus avós perderam a casa na ocasião. Quando fomos nos banhar na represa, que está com os níveis bem baixo nesta época do ano,  passamos por onde era anteriormente a casa de seus avós. Vimos as ruínas da casa e de outras da vizinhança. É muito triste saber que para 'evoluir', precisemos destruir a história das pessoas. 

Bom, com o nível bem baixo da represa, ficam expostas antigas ruas da velha Redenção, lugar por onde Daniel nos levou até a Nova Redenção. 


Uma ponte da antiga cidade.


Chegando na Nova Redenção, logo na entrada, há uma estátua que faz referência a abolição da escravatura no município, por sinal, o primeiro a proceder com tal ato no estado de São Paulo.  



O QR Code encontra-se exatamente neste monumento.



Quase em frente ao monumento, há uma pousada onde fomos para receber o carimbo físico de nosso passaporte. 


Logo após, seguimos pela Rota da Luz em direção a Redenção velha, onde está localizada a antiga matriz. 



Não chegamos a descer na antiga cidade. Apenas contemplamos o que sobrou e seguimos em frente pela rodovia por alguns quilômetros. 


Pouco depois, acessamos a esquerda por uma estradinha de terra em aclive acentuado. 


É possível ver a cidade ficando no horizonte logo abaixo. 


Foram 12 km até a entrada que leva a cachoeira. Daniel trouxe nossos alforges no carro até aqui, o que nos permitiu subir mais leves. 


Essa é a primeira parte da queda d'água. 


Logo abaixo da primeira queda há outra com uns 10 metros de altura.







Passamos um tempo apreciando a belíssima paisagem. Infelizmente, como tínhamos um longo trajeto pela frente, não nos foi possível aproveitar para desfrutar a bela cachoeira. Mas com certeza, saímos daqui enriquecidos pelas memórias de lugares deslumbrantes que passamos durante nossas ciclos. E mais do que isso, levamos conosco uma imagem saudosa de nosso mais novo amigo Daniel, que foi mais que um mero receptivo! Obrigada querido.




Voltamos para o caminho que seguiu em ascensão e com muita vegetação.





Aproveitamos novamente a paisagem para fazer uma foto com a câmera e o tripé.


Neste dia chegamos a marca de 927m de altura, a maior altimetria da Rota da Luz.



Ao passar pelo bairro Rio das Antas, avistamos uma placa indicando que já percorremos 120 km desde o início de nossa jornada. Não a fotografei, já que estava danificada, provavelmente devido as tempestades recentes. Próximo a esta placa, há alguns comércios e até uma pousada.  

Seguimos sempre subindo, em ascenso leve e contínuo, que nos levou até um despenhadeiros com um visual maravilhoso do nosso lado direito.







Foi mesmo difícil seguir por muito tempo sem que tivéssemos vontade de parar a cada metro para fotografar tamanha beleza!






Quando chegamos a 900m de altitude, o caminho principiou a descer de forma bem radical. Seguimos com vagar e muita atenção, freando muito as magrelas para que pudéssemos descer com segurança. Em um momento da descida, paramos para esfriar os discos de freio e apreciar a belíssima paisagem a nossa frente!



Após pedalarmos por uns 20 km neste dia a descida acabou, nivelando a estrada, que logo tornou-se asfaltada e com casas em seu entorno. 


Chegando na parte urbana desse trecho, findou-se também a tranquilidade das montanhas que há pouco estávamos. Motos barulhentas, cortando giro, muitos carros, semáforos, enfim, toda a agitação da cidade de Taubaté só nos faziam querer seguir em frente, saindo logo de toda essa confusão. Estávamos famintos e, para ajudar, foi o único trecho extremamente mau sinalizado da Rota. Tivemos que parar várias vezes para conferir o trajeto no wikiloc. Por sorte, conseguimos resolver rapidamente um de nossos problemas.


Pastel com caldo de cana a vontade?! Isso não prestou muito... Filipe deve ter tomado uns 10 copos e eu uns 5.


Após isso até tentamos encontrar o QR Code e um lugar para carimbar nossos passaportes. Mas não nos sentíamos muito a vontade na cidade e, para ajudar, começou a armar um temporal. Por isso decidimos seguir sem os carimbos daqui. 

Logo passamos por mais uma placa que nos informou que já havíamos percorrido 150 km da rota.  


Seguimos em frente por uma estrada vicinal asfaltada e logo adentramos uma estrada a esquerda, por terra. Sem grandes subidas ou descidas, pedalamos tranquilamente em direção a cidade de Pindamonhangaba. 



Infelizmente, o restaurante Paizão, já no município de Pindamonhangaba, encontrava-se fechado. Dessa forma não conseguimos pegar o QR Code e carimbo da cidade. Faltando uns 5 km para chegarmos, iniciou-se uma garoa que permaneceu até o final de nosso pedal. Chegando em Pinda, passamos por um túnel sob a via Dutra e logo após, já no asfalto e bairros periféricos da cidade, passamos por uma fazenda com grandes eucaliptos a sua frente. Percebi que haviam 2 cruzes na beira da estrada. Diminui a velocidade para tentar ler o que estava escrito e sim, conforme suspeitava, foi o lugar onde uma peregrina perdeu a vida no ano passado (2017). Poliana estava em peregrinação e, embora tivesse vindo sozinha, fez amigos que a acompanhavam durante o treckking. Lamentavelmente, em seu penúltimo dia de peregrinação, durante uma tempestade, um galho de um eucalipto caiu sobre ela, tirando sua vida imediatamente.  Este fato foi amplamente divulgado pela imprensa e me deixou extremamente chateada. 

Seguimos por mais alguns quilômetros até o hotel Vitória, onde passaríamos a noite. Como é véspera de natal (24/12/18), preferimos nos hospedar em um hotel onde normalmente os trabalhos não sofrem interferência do feriado religioso. Chegamos um pouco molhados devido a chuva, fizemos o check in e seguimos para o quarto. 



Em pouco tempo nossa 'favelinha' estava armada.


Deixei encomendado um jantar que foi decepcionante! Além de caro, a parmegiana estava extremamente dura e com capas de gorduras horrorosas nas extremidades. A quantidade de arroz e purê foram no mínimo incompatíveis com a fome de dois cicloturistas como nós. Ingerimos o quanto conseguimos e demos uma reforçada com bolachas e lanchinhos que carregamos durante o pedal. 


Sem mais, prosseguimos para o nosso merecido descanso a fim de concluir nossa viagem amanhã em Aparecida. Novamente o dia terminou com uma chuva moderada. 

Clima


Altimetria | Distância | Tempo



Destino: Hotel Vitória - reservado 
  • Valor do hotel R$ 155,00 casal
  • Email: reservas@vitoriahotelpinda.com
  • Fone: (12) 99720-2173 - Zap do hotel
  • Av. Nossa Sra. do Bonsucesso, 2425 - Jardim Campo Alegre
  • Jantar - Parmegiana com arroz e purê de batatas - R$ 30,90 cada

SUGESTÃO DE POUSADA DA ROTA


Gastos do dia: R$ 241,00
R$ 216,00 hotel / jantar
R$   25,00 caldo de cana / água

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Um comentário:

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